Um giro pelas regiões turísticas e as grandes atrações da Suécia. Ao final, nossas indicações para conhecer duas delas por meio de visitas virtuais bem interativas
A capital Estocolmo (foto: Pixabay)
Nossa série Lente de aumento viaja para a Suécia. A ideia do projeto, que aborda semanalmente países para os quais a Polvani oferece roteiros turísticos, é apresentar um panorama das principais regiões e atrações de cada um deles. Ao final, sempre indicamos endereços eletrônicos que entregam um ótimo nível de interatividade e informações detalhadas sobre dois destes pontos. Essas visitas virtuais não substituem a sensação única de colocar os pés nesses lugares, mas viajar também inclui sonhar e planejar. E a gente segue ao seu lado para transformar essas ações em boas aventuras.
UM GIRO PELA SUÉCIA
Com 447.420 quilômetros quadrados e 10,3 milhões de habitantes, a Suécia é o maior e o mais populoso país da Escandinávia. Seu território, com cerca de 60% de área coberta por bosques e florestas, faz fronteira com a Noruega e tem as costas banhadas pelos mares Báltico e do Norte. Trata-se de uma das nações mais ricas e organizadas da Europa, onde a modernidade convive em perfeita harmonia com a natureza. Neste país, centros urbanos altamente desenvolvidos estão bem próximos de terras ainda selvagens. Enquanto as cosmopolitas Estocolmo, Gotemburgo e Malmö oferecem ótimas atrações culturais e de lazer, o interior sueco é um verdadeiro paraíso para quem gosta de aventura e ecologia, com inúmeros itinerários em meio ao verde de planícies e montanhas ou às margens de rios e lagos.
Símbolos modernos, pacatas cidades costeiras e áreas de natureza selvagem integram o panorama eclético da Suécia (fotos: Pixabay)
No Norte do país, na província da Lapônia, podem ser observados dois dos mais belos fenômenos naturais do planeta: o sol da meia-noite e a aurora boreal. O primeiro é visto no verão, entre o fim de maio e a metade de julho, quando o sol aparece 24 horas por dia e o céu ganha cores incríveis na rápida virada da noite. Um dos melhores lugares para apreciar essa maravilha é o Monte Nuolja, no Parque Nacional de Abisko. Lá, nos meses mais frios, de outubro a março, também é possível presenciar o amanhecer do Polo Ártico, com seu impressionante cenário de luzes.
Outra atração temporária, esta criada pelo homem, é o IceHotel, o hotel de gelo, em Jukkasjärvi. Desde 1989 ele abre as portas no começo do inverno e tem seus quartos literalmente derretidos em abril pelas águas do Rio Torne. A região tem ainda flora e fauna muito bem preservadas, com bosques de bétulas e pinheiros, rebanhos de renas e alces. Lá, tem início a Kungsleden, um percurso de 400 quilômetros em direção ao Sul, atravessando outros três parques naturais: Stora Sjöfallet, Sarek e Pieliekaise. Durante o trajeto, com muito verde, montanhas, lagos cristalinos e pequenas aldeias, é possível cruzar com descendentes dos Sami, os antigos nativos da Lapônia, vestidos com seus trajes típicos.
A paisagem típica da Lapônia; o sol da meia-noite; a aurora boreal; um quarto do Icehotel; e paisagem no roteiro de Kungsleden (fotos: 1, 3 e 5 - Pixabay; 2 - Wikimedia; 4 - Divulgação/Asaf Kliger)
Já a presença dos vikings em território sueco pode ser vista na região da Uppland, que conserva a maior parte das 3 mil pedras rúnicas que são preservadas na Suécia. Em Uppsala, essas lápides são encontradas ao lado de sua Catedral gótica e no Museu Gustavianum, onde há também moedas, objetos e instrumentos de trabalho do povo que dominou o país na Idade Média.
Uppsala, com a sua catedral em destaque; e pedra rúnica viking na região de Uppland (fotos: Wikimedia)
A capital Estocolmo, fundada no século 13 na foz do Rio Malaren, foi construída sobre 14 pequenas ilhas do Mar Báltico. Três delas formam o Gamla Stan, Centro Histórico que conserva casas coloridas típicas dos países escandinavos, igrejas antigas e museus, como o dedicado ao prêmio Nobel. Aliás, a cidade tem centenas de museus, do pitoresco Vasamuseet, no galeão afundado em 1628, ao Moderna Museet, com grandes obras de arte contemporânea. O Museu Tre Kronor é uma das atrações do Palácio Real, um dos maiores da Europa, com 600 aposentos. O prédio, de estilo barroco italiano, foi erguido no lugar do antigo castelo das Três Coroas, destruído por um incêndio em 1697.
Pôr do sol em Estocolmo; casas do Centro Histórico da cidade; o Palácio Real; e uma obra na área externa do Moderna Museet (fotos: 1, 3 e 4 - Pixabay; 2 - Wikimedia)
Gotemburgo é outro destino cultural muito interessante, onde se destacam o Konstmuseum, com uma extraordinária coleção de arte escandinava, e o Röhsska, inteiramente voltado ao design. Nos últimos anos, a segunda maior cidade da Suécia também ganhou fama internacional pela sua gastronomia. Conta com cinco restaurantes estrelados pelo Guia Michelin, todos de cozinha moderna e criativa. Além disso, não faltam opções para aqueles que preferem a culinária tradicional da Suécia, representada pelo Smörgasbord, com várias receitas típicas e iguarias locais servidas em um rico bufê.
Cena portuária de Gotemburgo; uma sala de exposição do Konstmuseum; e o típico Smörgasbord (fotos: 1 e 3 - Pixabay; 2 - Wikimedia)
Em Malmö, a terceira metrópole sueca, a cozinha é multicultural, como pode ser notado na movimentada Mollevängstorget, praça que concentra o maior número de restaurantes étnicos do país. O fato é justificado pela proximidade da cidade com o centro da Europa – menos de uma hora separam Malmö de Copenhague, na Dinamarca. Neste percurso, há 16 quilômetros construídos para a travessia do estreito de Öresund, feita por meio de uma extraordinária obra de engenharia. Inaugurado em 2000, esse complexo viário une os dois países por autoestrada e ferrovia, tem duas rampas interligas pela ilha artificial de Peberholm, 4 quilômetros de túnel sob o mar e a famosa ponte de 7.845 metros, sendo 490 com vão livre.
Um panorama de Malmö, com destaque para a torre Turning Torso (projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava); e a Ponte do Öresund, trecho do complexo viário que liga a Suécia à Dinamarca (fotos: 1 e 2 - Wikimedia)
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Abaixo, você encontra sugestões de visitas virtuais em dois ícones da capital Estocolmo, o Museu Nacional de Belas-Artes da Suécie e o Royal Armoury. Se você não os conhece, é uma chance de saber um pouco mais sobre eles e preparar a sua viagem presencial a esses lugares. Se você já foi, trata-se de uma boa chance para matar saudades e descobrir, ou explorar mais, algum aspecto que você deixou de lado no seu tour.
MUSEU NACIONAL DE BELAS-ARTES DA SUÉCIA (NATIONAL MUSEUM)
foto: Flickr | Abhijeet Vardhan
Os principais temas desta referência cultural da cidade de Estocolmo são arte e design. As coleções exibem cerca de 700 mil itens, entre pinturas, esculturas, desenhos e artes gráficas, do século 16 ao início do século 20. Na seção de arte aplicada e design a seleção inclui trabalhos mais recentes. Das 16 mil pinturas e esculturas, destaques para obras de artistas como Rembrandt, Rubens, Goya, Renoir, Degas e Gauguin, além de peças assinadas por grandes nomes suecos, a exemplo de Carl Larsson, Ernst Josephson, Carl Fredrik Hill e Anders Zorn. O conjunto de arte francesa do século 18 é considerado um dos melhores do mundo. Ainda valem menções especiais o rico acervo das Coleções dos Castelos Reais do país e a coleção Gustavsberg. Essa última consiste em cerca de 45 mil objetos elaborados na Fábrica de Porcelana Gustavsberg, reunidos da década de 1830 até o encerramento da atividade da fábrica, em 1994.
O site selecionado traz uma exposição online – que mescla fotos e textos – sobre artistas suecas importantes do século 19, na pintura e na escultura. A coleção completa do museu pode ser vista pelos filtros de seis grandes temas, além de critérios como popularidade, data das obras e cores. Com o recurso do Google Street View, ainda é possível circular pelos ambientes de exposição e observar, com toda a calma do mundo, seus itens favoritos.
Acesse o site aqui.
ROYAL ARMOURY (LIVRUSTKAMMAREN)
Foto: Wikimedia | Erik Lernestål
Um museu todo montado em um porão. Mas o Royal Armoury não está em um porão qualquer. Ele fica na Ala Sul do suntuoso Palácio Real, em Estocolmo. Seu foco principal é a história real da Suécia, desde Gustav Vasa até os dias atuais. Por gerações, os monarcas suecos construíram uma coleção de memórias da história do país. São itens ligados a cerimônias de estado, casamentos, coroações e funerais, com lindos trajes, carruagens, selas, armaduras e armas. O museu também abriga uma série de retratos de membros da realeza, conectados a artefatos de sua coleção.
O site selecionado traz cinco exposições online – que mesclam fotos e textos – sobre eventos paralelos à coroação de reis suecos (alguns bem curiosos), documentados por recortes de jornais; objetos preservados do torneio do rei Karl XI em 1672; um conto inusitado sobre o destronado rei Gustavo IV; selos reais; e o o assassinato do rei Gustav III. A coleção do endereço eletrônico ainda apresenta 165 itens, que podem ser agrupados por seis grandes temas, popularidade, datas das obras e cores. Com o recurso do Google Street View, é possível circular pelos ambientes de exposição e observar os itens sem pressa.
Acesse o site aqui.
A seguir, um passeio em imagens pelos principais pontos da cidade de Estocolmo:
Interessado em saber mais detalhes sobre roteiros que te levam à Suécia? Então consulte o nosso tour Lendas Escandinavas, os Cruzeiros pelo Norte da Europa ou entre em contato conosco para planejar uma viagem personalizada ao país.
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